Problemática a cada dia mais frequente nas buscas por atendimentos clínicos em saúde mental, vem como consequência do estilo de vida contemporâneo, marcado pelo imediatismo, e pela sociedade de produção e consumo. Os sintomas apontam para três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e pouca realização pessoal no trabalho, podendo resultar, inclusive, em sintomas físicos diversos: gastrite, pressão alta, desmaios, enxaqueca, dentre outros.
Importante observar que não é restrita a uma única categoria profissional, ao contrário, tem aparecido adoecimentos desta natureza entre médicos(as), professores(as), empresários(as), advogados(as) e etc., que se sentem esgotados(as), sem energia, interesse, compromisso ou entusiasmo. Essa exaustão acaba por comprometer a qualidade de vida impactando negativamente, também, o desempenho laboral, relacionamentos pessoais e a saúde mental como um todo. É fundamental que medidas sejam tomadas para prevenir e tratar essa patologia, incluindo a adoção de estratégias de autocuidado e compreensão de fatores desencadeantes para que, desta forma, resulte em maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
O papel da Psicoterapia neste cenário tem sido de grande valia, na medida em que se configura como um espaço de escuta, acolhimento e uma pausa para elaborações mais profundas e significativas. A articulação com outros profissionais pode ampliar os benefícios, facilitando o encontro de perspectivas alternativas e tomadas de decisões mais coerentes. É possível sair deste quadro e, também, preveni-lo buscando ajuda quando surgirem as primeiras manifestações: angústia, sintomas físicos, insônia, desânimo, desalento etc.